segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ainda exames...

Espero que todos estejam a ter umas férias descansadas e divertidas...

Depois de quase um mês afastado da escrita, aqui no blogue, decidi partilhar o que tem acontecido comigo... penso que ainda não comentei as minhas notas e é por aí que vou começar... na primeira fase as coisas não correram muito bem, como já tinha referido num texto anterior, e os resultados comprovam, tive 16 a Português e 12 a História.
A nota de História foi uma surpresa muito negativa, não estava à espera de uma grande nota, no entanto, não contava com tão baixa. Fui à segunda fase. Quanto a Português, apesar de não achar que foi uma nota assim tão boa, nem pensei na segunda fase pois queria concentrar todo o meu esforço em História (para poder subir a vergonhosa nota que tive!).
E ainda bem que o fiz, pois quando sexta-feira vi os resultados fiquei contente, consegui um 17! Esta sim, é uma nota apresentável!
De lamentar é que apenas a possa usar na segunda fase de candidatura!
Em relação à candidatura, muita hesitação tem marcado os meus dias. Ainda não a fiz porque uma das Universidades requer um pré-requisito e não está a ser fácil conseguir... trata-se de uma grave falha do sistema de saúde e arrisco-me mesmo a dizer também que é incompetência médica. Mas isto são outras questões...
Estou a tentar resolver!

Continuação de boas férias para todos...

terça-feira, 13 de julho de 2010

2ª fase... ou nem por isso

Juro que não percebo o que é que se passou do outro lado da históra dos exames: a correcção. As notas a geometria foram absolutamente miseráveis e, mesmo com um nota que considero baixa, tive das poucas mais-ou-menos-boas classificações! A história de arte também tive uma nota abaixo do que esperava.

Portanto, que fiz eu? Assim que cheguei a Évora, porque nem sequer cá estava, descansadinha da vida a esquecer a matéria toda, inscrevi-me para a 2ª fase. Fiquei escandalizada com os 16€ que é preciso pagar, 8€ por cada disciplina para melhoria! Enfim, comecei a rever a matéria inteira de novo. Eis senão quando começo a raciocinar e a falar com outras pessoas, entre as quais a minha mãe e uma antiga professora minha. Não faz sentido nenhum ir à 2ª fase. Seria muito pouco provável levantar a média que já tenho, já que não me cheira que tivesse muito boa classificação nas provas. Depois, mesmo que tivesse melhor nota na 2ª fase, não tenciono entrar na segunda chamada para a universidade. Mais vale deixar isto para o ano. Se subir a nota, óptimo. Se não, entro com a nota que tive agora, mas na primeira chamada.

Ai, férias!

sábado, 10 de julho de 2010

Frustração

É incrivel os casos que têm passado por mim na última semana.
Como é que nós nos poderemos sentir quando vemos excelentes alunos, que tiveram péssimas notas que não correspondem ao seu verdadeiro valor académico, desesperados a pedir um recurso para a revisão do exame em questão para que, no final, se veja a injustiça cometida e as notas subam.
Por oposição, os péssimos alunos, ou seja, os "baldas", os "cábulas", os mal-educados, etc.. saem da escola de barriga cheia pois tiveram uma nota que, por obra e graça do Espírito Santo, foi "excelente" para eles e, por isso, passam a "amar" o Ensino Português e a escola, instituição que desprezaram durante os 3 anos que lá estiveram.
De facto, era o mesmo que eu trabalhar numa empresa, podendo faltar os dias que me apetecesse e, quando viesse, não ter que trabalhar passando o meu tempo a ver os outros (diga-se, os que trabalham verdadeiramente), mas mesmo assim, no final do mês, recebendo o mesmo ordenado que todos os outros. E o que é estes últimos iriam sentir? O mesmo que todos os bons alunos estão a sentir agora: FRUSTRAÇÃO.


Veja-se este caso de um amigo meu: é, e sempre foi, um aluno excelente. Desde o 10º ano que tem ido para o Quadro de Excelência com médias finais de 19, 18 e 19, respectivamente. Sempre foi pontual e assíduo, um tudo-nada conversador (mas nada que não se resolvesse), tendo respeito pelos Professores que, por conseguinte, também o respeitavam. Andou na área de Línguas e Humanidades tendo que realizar, pois, os exames de Português e de História. A Português sempre teve a mesma professora desde o 10º ano: super profissional e competente, tendo o cuidado de realizar todos os Testes Sumativos idênticos à estrutura de exame, para melhor preparar os alunos e, por conseguinte, corrigindo-os como se fosse uma professora correctora que estivesse a seguir os "afamados" Critérios vindos do Ministério. Com isso, o meu amigo foi a exame com 17 valores. Já a História foi sempre excelente: conseguiu sempre analisar os documentos de forma completa, além de que sempre soube a matéria toda, sendo um aluno extremamente interessado. A juntar a estes factos, teve a oportunidade de ter, no 12º ano, uma excelente professora de História que já fez parte daquele grupo restrito que faz os Exames Nacionais, além de que foi ela mesma, juntamente com outras duas professoras, que redigiu o Programa Nacional de História A para os 12ºs anos. Consequentemente, também esta professora fazia os Testes Sumativos idênticos aos exames, sendo que o meu amigo conseguiu, com ela, ir a exame com 20 valores. Porém, tudo se desmoronou no passado dia 8 de Julho: a Português teve 14,9, e a História 17,7. Consequência: a nota final das respectivas disciplinas avaliadas baixou um valor. Mesmo assim, acabou o secundário com média de 17,9. Porém, ele quer entrar para a Faculdade de Direito de Lisboa. Ora esta instituição diz-nos que, para entrada na mesma, conta 50% a nota do secundário e 50% a nota dos exames, sendo que as provas de ingresso são Português E História (ambas as que ele realizou). Consequentemente, e depois de fazer todos os cálculos, vai entrar para a Faculdade, se tudo correr bem, com 17,1 valores, havendo, desta forma, uma discrepância de 8 décimas em relação à média do secundário, aquela que representa o verdadeiro valor académico do aluno.

Ora eu não podia ter relatado esta história se não tivesse outra como ponto de comparação. Na turma desse meu amigo há uma aluna que sempre foi mediana. Bem educada, assídua e pontual, nunca se interessou muito pelos estudos. A juntar a isto, sempre teve o "privilégio" de se sentar ao lado de outro aluno excelente, por quem copiava nos testes, andando, desta forma, a reboque do mesmo. A única disciplina onde ela sempre teve uma excelente nota foi a Geografia: 18 valores. Isto explica-se por ela adorar esta disciplina. Conclusão: no 11º ano conseguiu ter 18 valores no Exame de Geografia, mas já no exame de História feito este ano tirou um mero 11. No entanto, e como é óbvio, ela quer seguir Geografia indo, pois, para a Faculdade de Letras que exige como única prova de ingresso a desta disciplina. Assim, apesar de ter acabado o Secundario com uma média de 15 valores, muito devida ao seu colega, como teve 18 no Exame de Geografia, vai entrar na Faculdade com uma média de 17 valores....a mesma do que a do meu amigo.

Pergunto-me: como é que os bons alunos poderão reagir a esta situação?. Isto é simplesmente frustrante, não há comentários. A "moral" que nós tiramos quando acabamos o Secundário, é que basta "marcarmos o ponto" nas aulas e estudarmos para os exames. Com isto, temos a entrada garantida na Faculdade. Aquilo que eu tenho visto nesta última semana é, simplesmente, frustrante. É por isso que é preciso "dar voz" a estes casos. Temos que reagir o mais rapidamente possível. Não podemos ficar impávidos e serenos quando olhamos para estas situações. O que me "contenta" é que na Faculdade os verdadeiros alunos se vão afirmar e, no final, vamos todos concluir que os mesmos são aqueles que eram, e sempre foram, alunos excelentes no Secundário.

É claro que nós não nos podemos comparar aos outros, mas é impossível ficar indiferente a esta situação, a este "marasmo" que se vive actualmente, a este Governo de aparência, onde o que realmente interessa é a "casca" e não o "sumo". Temos um sistema de ensino onde muito futuramente se poderá passar directamente do 8º para o 10º ano; um Ministério que só está interessado nas estatísticas e não na qualidade do ensino; deputados que, em vez de focarem este grande problema, preferem debater se o Presidente da Assembleia da República deve ou não viajar em Executiva; um Estatuto do Aluno que privilegia os mais fracos; uma Ministra que é apenas um instrumento no meio dessa "máquina ferrujenta" que é o Governo. Enfim... É "isto" que temos. Mas, mais uma vez, não podemos ficar indiferentes. Temos que tomar posição. É por isso que até apelo ao Público (que desde já saúdo efusivamente, e congratulo-me de ver que dá valor a este blog) para que dê voz a estes casos, que os divulgue no seu Jornal, para que cada vez mais pessoas tomem consciência desta situação.
Parafraseando Fernando Pessoa e, consequentemente, Sabine Almeida: É a Hora!

Afonso Brás.

Temos que ser um povo de 20

As notas dos exames, afixadas na última quinta-feira, espelham a vergonha e a mediocridade do ser-se estudante em Portugal.
O exame-polémica deste ano é sem dúvida o de Português. E eu questiono-me: como é que é possível alunos de 19 e 18 a interna tirarem 12 e 13 em exame? Ora, uma pessoa olha de leve, pensa e até pode concluir duas coisas à primeira vista: ou correu muito mal a todos os bons alunos (uma vez que foi o declínio em massa) ou o aluno não merecia o 19 interno mas o professor, como até simpatizou com ele e conhece o tio, a prima e o avô, deu-lhe a magnífica nota. No entanto, percorremos a pauta, e surgem-me duas novas questões: como é que há tantos 19 e 18 internos "falsificados" e como é que é possível que os alunos de 10 interno tenham 13 e 15 em exame?

Na minha escola todos os alunos com 19 interno, quatro no total, tiraram sem excepção entre 12,5 e 13,2 no exame; e todos os alunos com 18 interno, excepto uma aluna, tiraram entre 12,5 e 14 valores. Já os alunos com algumas dificuldades linguísticas, conhecidos pelos seus erros ortográficos e falta de organização discursiva, durante as duas horas de exame não haja dúvida que neles nasceu uma luz literária e deixaram a bela escrita fluir sem o mínimo erro.
Perante o choque das notas, os bons alunos não acreditam bem no que vêem e fixam os olhos centenas de vezes na pauta na expectativa de estarem enganados. Lêem uma, duas e 34 vezes as classificações, até que uma professora de Português, também surpresa com as notas, repara que até certo número as notas são relativamente jeitosas (10-16,5) mas a partir de certo nome, por volta da letra J, as notas estão miseráveis sendo a mais alta um mísero 14. O que se conclui? Mudança de corrector! Até à letra J, foi certo corrector. As notas correspondem com as expectativas, rondam o 12 e é neste grupo que se insere a sortuda do 18 que manteve a nota - neste momento todos nós gostaríamos de nos chamar Ana, Andreia ou Augusto, ou pelo menos ter um nome iniciado por uma letra anterior a J. É também neste grupo que os alunos com algumas dificuldades (muitos com nota negativa), conseguiram subir a nota interna porque em exame obtiveram 13 - nota, de realçar, superior à nota de exame de alguns alunos de 17 e 18.

Eis agora a face negra: os desgraçados com nome de letra inicial a seguir ao J, apanharam outro corrector que por sinal não devia estar muito bem humorado. Este professor, como é obrigado a corrigir exames quando um tempo de sol e praia o convida a um refresco tropical na toalha com o bónus de uma brisa marinha fresquinha, decide destruir os sonhos dos alunos. Analisando a pauta, é neste porção que se encontram os grandes alunos a Português, não só os de 19 e 18, como também os de 16 e 17, que viram a sua média arruinada.
Também os alunos com dificuldades foram prejudicados, havendo bastantes notas negativas nesta segunda parte da pauta (o que contrasta com as boas notas na primeira parte - até à letra J). Assim cerca de 50 alunos se vêem obrigados a pedir recurso quando podíamos poupar papel e chatices quer para os alunos quer para os professores, porque com más correcções o refresco e brisa fresquinha tem de esperar mais um mês.

Eu admito que os exames são importantes na avaliação dos alunos, isto porque os estudantes sabem que há colegas que têm boas médias, não por mérito próprio mas sim porque o professor conhece há anos a "mamã" e o "papá" do menino. Os exames, quando todo o processo é levado de forma rigorosa e eficaz, servem para meter os pontos nos "is". Pretendo eu dizer que um aluno com média alta que não a mereça, vai a exame e não a segura, bem como o contrário. No entanto, quando os exames são modelados por cada corrector, a situação já não é homogénea e desta forma haverá alunos beneficiados em detrimento de outros que serão claramente prejudicados.

Portugal infelizmente é um país que só se preocupa com o pacote: quer muita gente licenciada, quer bons resultados nos gráficos de estatística que envia para os outros países europeus, quer ver um povo inteiro com diploma. Como é que é podemos comparar a competência e desenvolvimento de um adulto, que consegue tirar o 12.º ano com o relato da sua história de vida, com um bom estudante também do 12.º ano que passou pelas físicas e biologias, matemática e psicologia? No papel é o mesmo diploma, agora não me comparem o desenvolvimento e evolução entre ambos que é completamente díspar. A ideia de que diploma implica evolução, conhecimento e competência é errada. Não é um diploma em seis meses que nos faz ganhar competências. Ora, assim, se nos atrevermos a abrir o pacote, só uma reduzida percentagem da população é que tem mérito e competência.

Portugal, para mim, é um péssimo aluno. Um bom aluno trabalha para o 21 - não só luta pelo 20 como também cresce, desenvolve e constrói-se. Já Portugal, luta para passar de ano, para fazer a disciplina, luta pelo 9,5. Não se preocupa em ganhar competências, em desenvolver, quer é acabar o ano e logo se vê. Infelizmente não tem objectivos. E um país sem verdadeiros objectivos não evolui, entra na profunda estagnação.
E se o próprio país é um aluno não exemplar, como é que os seus estudantes, homens do futuro, poderão rumar por ventos de mudança e evolução? É triste ver os políticos ajudarem os maus alunos, que não querem estudar, com bolsas de mérito que nem de mérito se deveriam chamar (porque 13 não é uma nota de excelência nem de muito empenho), com aulas de apoio (às quais faltam). Enquanto isso, os bons alunos estão por sua conta: querem evoluir mas o estado não os ajuda, temos grandes alunos na escola e só um deles recebe 500€ enquanto por bolsas de mérito se gastam 700€ por cada aluno com média a rondar os 13 - e quantos telemóveis de marca e carros bons o pais não têm. Porque se se é pobre, não se é bom aluno? Média de 13 leva o país para a frente?

Penso que os políticos deveriam reflectir sobre a educação. Se os alunos não forem bons, se os profissionais não forem competentes, como é que o País sairá do buraco negro em que se encontra? O País somos nós, há que lutar por ele. Se queremos um país de 19, temos de ser um povo de 20. Mas somos um povo de 9,5, e como tal nem um País de 9 valores somos.
É a hora!

Sabine Almeida.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Acessível é uma palavra controversa...

Todos os anos os jornalistas conseguem os mesmos comentários à saída dos exames: "Acho que foi acessível".
Acessível é uma palavra controversa, por um lado indica que não eram exames "extremamente difíceis" e por outro lado diz-nos que não eram do género que se faz "com uma perna às costas".
Muitos entendidos afirmam que os exames são "demasiado fáceis", mas tal classificação não justifica a revolta a que os estudantes têm direito, e que, como aluna, passo a explicar:
Os exames do secundário são imprescendíveis para quem deseja seguir para o ensino superior; os exames de Física e Química A, Geografia A e Biologia e Geologia, por exemplo, avaliam matéria leccionada durante dois anos. Chegados aos exames os alunos são submetidos a questões de escolha múltipla, resposta extensa, cálculo, resposta curta, entre outras.
Ora, após dois anos de trabalho árduo e estudo e tendo em conta que os exames são um material de avaliação cujos responsáveis (Gave) elaboram, e que são depois revistos por professores universitários (tendo-se em atenção o pagamento a todos os intervenientes), não se compreende como podem existir erros (incluindo erros científicos em exames de disciplinas das ciências), perguntas que não avaliam a matéria apreendida, e cuja resposta provém da interpretação de gráficos e textos, e mesmo questões cuja resposta depende do ponto de vista (questão 2 do grupo I da primeira fase do exame de Biologia e Geologia de 2010 por exemplo).
Os exames são necessários como forma de avaliação e controlo, mas são um intrave se não estiverem bem formulados. O que é que avalia um exame de Física e Química A onde abundam "armadilhas" sob a forma de pequenos detalhes que alteram o resultado e que são susceptíveis de escaparem a alunos que se encontram em condições de grande stress (a definirem o seu futuro)?
A compreensão de textos e a observação de gráficos já são avaliadas em exames de Português e Matemática, qual a necessidade de as questionar noutros exames quando existe muita matéria de dois anos que necessita de ser avaliada?
Quando somos confrontados com questões cujos tópicos de resposta não são referidos (ou seja não nos é dada nenhuma indicação de como responder) as más interpretações são inevitáveis, devido à nossa falta de conhecimentos sobre telepatia... Se numa prova de Biologia e Geologia nos pedirem para relacionar os gases libertados em erupções vulcânicas com a destruição da flora, os estudantes tanto podem explicar que os gases causam chuvas ácidas que desnaturam as proteínas das plantas, como podem referir alterações do clima ou mesmo recorrer às teorias da evolução (como o neodarwinismo). No entanto, os critérios de avaliação tendem a só considerar uma resposta correcta, e assim mesmos os alunos que conseguem relacionar bem os conhecimentos são "tramados".
Os exames são "acessíveis" pois permitem positivas tiradas por sorte a quem não sabe nada e diminuem as notas a quem estudou. A avaliação é necessária, mas que seja de qualidade, que nos permita demonstrar que estudámos e empenhámo-nos e não a sorte que tivemos em duas horas e meia.
Inês Proença

"Don't let success go to your head, or failure go to your heart"

Olá a todos!
Descobri apenas hoje este blogue e é com agrado que nele participo.
Tal como todos os alunos do 12.º, fui ontem ver as notas dos exames nacionais. Visto que quero seguir Ciências da Comunicação, estou no curso de Línguas e Humanidades e, por conseguinte, realizei exame de História A e Português.
Para explicar o porquê do meu post nesta altura, é necessário apresentar sucintamente o meu percurso académico durante o ensino secundário. No 10.º encontrei uma realidade completamente diferente daquela a que estava habituada. Desde a escola primária, sempre integrei turmas pequenas, de cerca de 17 a 20/21 alunos. Ora no 10.º ano, a minha turma tinha 29 alunos e era completamente indisciplinada.
Sendo uma das disciplinas principais História, seria de esperar que o professor fosse, no mínimo, competente, visto saber-se que apesar do exame nacional ser apenas referente à matéria leccionada no 12.º ano, História é muito mais do que factos: é saber analisar documentos, extrair informação implícita e tantos outros aspectos. Acontece que era uma professora que estava acostumada a dar aulas no ensino nocturno e além de não impor qualquer respeito/disciplina, sempre que se lhe fazia uma pergunta referente à matéria em questão, ficava nervosa e mal sabia responder.
Acabei esse ano com 10 (apesar de ter média de 12, a professora entendeu que não merecia ter mais, sendo o seu argumento "não dar pózinhos mágicos a ninguém", tendo deixado mais do que um aluno com nota inferior ao que, de facto, mereciam e de boca aberta, literalmente).
Sempre gostei de História. Foi uma das razões que me fez optar por este curso, sendo que ainda não tinha um curso superior escolhido. Todavia, esta atitude da entidade que supostamente está a preparar os alunos para a vida universitária, desmotivou-me.
Para minha grande alegria, no 11.º ano mudei de professora (a do 10.º regressou ao ensino nocturno) e a turma ficou apenas com 18 alunos. Tinha agora a minha professora do 9.º ano, com quem tinha boas relações e ainda tenho. Acabei com 17 tanto no 11.º como no 12.º (a professora manteve-se). Fui ao exame nacional com um CIF de 15 valores.
Estava bem preparada. Trabalhei imenso durante o ano e estudei afincadamente para o exame. Não o achei difícil, gosto imenso da Guerra Fria e a falência da Primeira República também é um assunto do meu agrado. No entanto, ao contrário do que o senso comum pensa, um exame 'não ser difícil', não quer necessariamente dizer que é fácil. Até porque, na minha humilde opinião, para a realização deste exame, era preciso saber interpretar os documentos muito bem. Era preciso escrever muito (escrevi 11 páginas).
Acabei o exame ao fim de 2h30 com um ligeiro sentimento de frustração. Não tive tempo suficiente para rever a prova e acabei a última pergunta (a de desenvolvimento) em cima do toque final.
Tal não é o meu espanto quando chego ontem à minha escola e vejo que tive 20! Dá para acreditar? Entrei em histeria absoluta. Sempre achei que ter 20 a História era daquelas coisas impossíveis, que nunca ninguém consegue por mais que estude muito. Ainda para mais num exame nacional. Fiquei muito, muito feliz. Subi de 15 para 17 (no CIF).
É de realçar, no entanto, que na minha escola, apesar de ter sido eu a nota mais alta, só houve três negativas. Tivemos uma média muito superior à nacional.
Relativamente à disciplina de Português, não consigo perceber as denúncias de facilitismo que tenho lido. Não consigo mesmo. Tive um óptimo professor (durante os 3 anos do secundário). Na minha escola há uma turma de Línguas e Humanidades, uma de Artes Visuais e três de Ciências e Tecnologias (de 12.º ano) e ao longo destes 3 anos, as turmas de AV e de CT sempre se vangloriaram por terem notas elevadíssimas na disciplina de Português, chegando mesmo a haver professores de outras disciplinas a questionar a capacidade dos alunos de Humanidades, que segundo eles "deveriam ser os melhores a Português".
Pois é meus amigos, nós, alunos de Humanidades, tivemos um professor exigente, mesmo muito. Houve notas baixissímas durante todo o ano, aliás, durante os três anos, havendo no entanto alturas em que o próprio professor declarou que os seus testes tinham um nível de dificuldade superior a alguns dos exames nacionais de anos anteriores. Ou seja, uma óptima preparação. Não tivemos notas espectaculares durante o ano (a nota mais alta deve ter sido um 17, ao longo de três anos) mas também não tivemos testes onde era preciso desenhar uma passarola, como aconteceu noutras turmas. Tenham paciência. Isso sim é facilitismo.
Mas isto para dizer que fomos com notas a exame muito inferiores às dos nossos colegas. Eu pessoalmente foi com média de 14. Digo-vos já que o exame não era fácil. Não era, repito. Mais uma vez, era preciso saber interpretar. Digo também que é falacioso dizer veemente que todos os alunos do 12.º já tinham analisado aquele excerto d'Os Lusíadas. Na minha escola não foi só a minha turma a não o fazer. Estava convencida que iria sair a Mensagem de Pessoa mas, curiosamente, o primeiro grupo foi o que me correu melhor. A dificuldade era razoável nesse grupo (uma nota importante: acho incrível ter lido no próprio Público, alunos do 12.º ano a dizer que não sabiam o significado da palavra 'interpelar'). Quanto ao segundo grupo achei que a dificuldade subiu. E reafirmo mais uma vez que, ao longo de três anos, sempre fiz testes com modelo de exame. O terceiro grupo foi, claramente, a minha desgraça. Odiei o tema. Acho que tinha sido muito mais interessante fazer uma reflexão sobre o centenário da República. Mas isso já são opiniões pessoais. Não controlei muito bem o tempo e a minha composição ficou mesmo miserável (e posso dizer que costuma ser onde tenho a cotação máxima). Ora isto deu a nota final de 14 valores. Não é uma nota boa, tal como não é uma CIF boa. Julgo que aí estamos todos de acordo. Mas 14 foi uma nota boa no meio daquela pauta.
A nota mais alta da minha escola a Português foi 15,6. Curioso que tenham havido apenas 3 notas superiores a 15 e duas delas de alunos de Línguas e Humanidades. Nem vale pena falar das notas dos "fantásticos alunos de Ciências". Houve alunos a descer 3 valores, alunos esses que foram com 18 e 19 a exame. Facilitismo? Oh meus amigos... Tenham muita paciência. O exame não era só aplicar conhecimentos básicos. O exame era saber interpretar e saber controlar o tempo.
A média nacional de 10,1 mostra-nos duas coisas: a primeira, que os aspectos que referi não foram postos em prática e a segunda, que o problema é os alunos irem iludidos para o exame. Com notas que não são merecidas (atenção que não estou a dizer que não há excepções!). Depois há queixas, há reapreciações (e em relação às reapreciações, é da minha opinião que há cada vez mais alunos que têm razão porque o Ministério não quer ter problemas e não porque os alunos têm sempre razão), há alunos não colocados nas universidades, há pais descontentes e por aí fora.
Em resumo: há muitos professores incompetentes neste país. Uma verdade que não vem à tona. Pergunto-me, como justificam estas notas os professores dos alunos que desceram mais de um valor no exame? Se calhar não justificam. É por isso que há pontos que concordo na tão polémica avaliação dos professores.
Guerra Junqueiro dizia-nos que é triste falir um banco, mas que mais triste ainda é falir a alma de um povo. Não estará a alma dos jovens, o futuro do país, a falir? Com professores assim, diria que já faltou mais.
Numa outra nota, vou explicar o porquê deste título. As boas notas fazem-nos felizes, muito mesmo. Eu que o diga, com o meu 20 a História, que é a minha prova de ingresso. Mas aprendam que boas notas nos exames nao são tudo. De que me valia ter um 20 no exame se, em termos práticos, não tivesse aprendido nada? NADA. E de que me vale ir reclamar sobre o nível de dificuldade de determinada prova? NADA. As minhas notas foram pura e exclusivamente responsabilidade minha. Sou consciente. Sei que agora será tudo mais difícil na universidade, mas julgam que lá os professores irão ouvir as nossas queixas? Não. Estamos lá para aprender. Para aprender com os sucessos e para aprender com os insucessos. Não é para ficarmos ofendidos nem deprimidos. Mais uma vez me repito, é para APRENDER. É a minha opinião, não pretendo com este texto ofender ninguém.
Um bem-haja a todos.
Inês Garcia

quinta-feira, 8 de julho de 2010

That's The Way It Is

Olá a todos!
Como todos nós sabemos, hoje foi o dia da afixação dos resultados dos Exames Nacionais realizados na 1ª Fase. No meu caso, realizei o exame de História A e o de Português. A História sem dúvida que fiquei satisfeito, tive 18. Já a Português não posso dizer a mesma coisa: tive 15 valores, quando tinha ido a exame com 17. Resultado: baixei a minha nota final para 16 valores.
Mas, para mim, o que se passou com este exame foi um tudo-nada estranho, senão vejamos: todos os alunos excelentes a Português na minha turma tiveram notas desastrosas. Uma amiga minha, que escreve e pontua espectacularmente bem, além de que está a par de toda a matéria, foi com 18 a exame, tendo no mesmo nada mais nada menos do que 11 valores! Outra amiga minha, com as mesmas características da anteriormente referida (inclusivé a nota com que foi a exame) teve 13 valores. Por oposição, todos aqueles alunos considerados "fracos" viram a sua nota subida para um valor bastante confortável.
O que é incrível é que esta situação se passou exactamente assim nas outras turmas da minha escola. Juntando a este facto, hoje fiquei a saber que a média nacional do exame de Português foi de 10,1 valores. Então como é que explica esta situação?
A meu ver, esta prova, como tantas outras serviu para "nivelar" resultados, ou seja, não só contava o facto de a pessoa escrever bem, mas também tinha somente de aplicar conhecimentos básicos. Digo básicos porque as estrofes d'Os Lusíadas que sairam no exame tinham sido, na maioria das escolas, analisadas em aula, constituindo, desta forma, uma maior facilidade aos examinados. Assim, bastava a um aluno conhecimentos básicos da obra, aliado a uma escrita simples que fizesse sentido, para ter uma boa nota. E foi assim que aconteceu. Resultado: os "melhores" desceram (para o ministério deve ser assim: "Quero lá saber se eles escrevem bem, quero mas é ver se eles põem lá o que nós dissemos!"), e os "piores" subiram.
Depois admiram-se que os alunos entrem na faculdade mal preparados, depois admiram-se que a Língua Portuguesa esteja cada vez pior... Além do mais, e infelizmente, os critérios de correcção dos exames são cada vez mais restritos. Quere-se tornar disciplinas abrangentes cada vez mais exactas. Quem olha para estes critérios até parece que os mesmos são de uma prova de Matemática ou Química. Aplicando agora uma estrutura lógica, até se pode resumir assim:

Se puseres o que vem escrito nos Critérios, independentemente de escreveres ou não bem,
terás a positiva assegurada.
Puseste o que veio escrito nos Critérios, independentemente de escreveres ou não bem.
Logo, tens a positiva assegurada.
E para o Ministério é tão simples quanto isto. Desejoso estou eu de ver a Ministra e o seu Secretário de Estado, qual burro de carga, a vir comentar as notas dos exames com um sorriso na cara e dizer que são "satisfatórias" e que vêm "na continuidade do programa educativo implementado pelo Governo".
Mas não nos esqueçamos, helás!, de outro pormenor: os professores correctores. Como é que no ano passado 62% dos alunos que pediram revisão de prova tiveram razão no seu requerimento? Mas afinal os professores não sabem corigir exames? Uma amiga minha, no ano passado, depois de saber a sua nota no exame de História B (11) pediu uma revisão de prova. Subiu, nada mais nada menos, para 16 valores! Sim, é verdade, subiu 5 valores!
Depois os professores querem que lhes seja reconhecida credibilidade. Como? Ao corrigirem exames nacionais/provas de ingresso desta forma? Como é que um aluno se poderá sentir quando percebe que, afinal, teve uma nota muito boa quando lhe tinha sido apresentada uma nota péssima? De facto, esta equipa de professores correctores (não digo todos, como é óbvio) mais parece uma equipa de arbitragem: erram, mas estão-se nas tintas para isso. O que realmente interessa é o dinheiro que recebem no fim do mês.
Enfim, como dizia o Walter Cronkite, that's the way it is. Infelizmente, temos de nos "contentar" com este marasmo que se vive actualmente no nosso sistema educativo. E digo-vos, a minha "análise" às notas do exame de Português não é uma tentativa desesperada para explicar a minha nota, bem pelo contrário, é o que eu realmente sinto e penso. Agora que estou em vias de me "separar" do Ministério da Educação (que pena!) e a entrar noutro, espero que o nível de exigência seja maior, nível esse que tem de ser obrigatoriamente acompanhado por um maior profissionalismo por parte dos docentes. Espero que todos tenham tido excelentes notas e que consigam entrar em todas as faculdades que queiram!
Afonso Brás

"Don't let what you can't do interfere with what you CAN do."



Olá a todos!

Estava a pensar em vir aqui apenas depois do exame de Biologia e Geologia porque andava realmente empenhada no estudo. No entanto, as notas de hoje vieram desconcentrar-me um bocad(inh)o, admito. (O título desta entrada é um recadinho para mim mesma a propósito disso mas aposto que serve para os restantes alunos que ainda têm exames para fazer e ficaram aborrecidos com as notas da primeira fase - que, pelo menos na minha escola, não são poucos).

Acordei com um telefonema da minha mãe - que estava em frente às pautas - bastante contente e a dar-me os parabéns. Por momentos, pensei que tinha alcançado os objectivos para que tanto tinha trabalhado no mês anterior, mas depressa percebi que aquele era apenas mais um dos momentos "à mãe", que fica sempre contente com o que os filhos têm. Ora bem, precisava de 16,5 às duas disciplinas e tive 14,2 a Matemática e 16,2 a Português. Relembro que não são os primeiros exames que faço e, a avaliar pelo que me aconteceu nos exames do ano passado, tinha (com base nos critérios disponíveis na Internet) feito as contas muito por baixo- no mínimo teria o tal 16,5 a Matemática e 17 a Português.

Um balde de água fria. Ainda assim, não fui das pessoas com mais queixas: à tarde, quando fui à escola pedir fotocópia das provas, vi poucas pessoas contentes com as notas (especialmente em relação a Português). A maioria, ou estava sem reacção, ou estava de rastos.

Quanto a mim - à minha reacção - já me tinha acontecido idêntico no ano passado (tanto que vou ter de repetir Biologia e Geologia para a semana) e, com isso (que nem tudo são coisas más), aprendi a gerir algum sentimento de frustração/impotência que sempre vem com estas notas. Retomando o que um colega (The RP) disse aqui no blogue há uns tempos, "Concluindo, odeio-vos muito, Exames [eu apenas escreveria com letra MINÚSCULA]. De vós depende o meu futuro académico e, consequentemente, profissional. Ámen.".
Agora é esperar que a Biologia me corra melhor...
E boa sorte para todos os que ainda vão fazer exames para a semana!

As notas dos exames já saíram !

Começo o dia ansiosa por ver as classificações dos exames. Vou em êxtase abrir a página da minha escola e logo vejo as pautas com as respectivas notas.
O meu nome bem claro e a classificação também ela muito clara. Português 136 pontos, História 157.
A nota de História foi aceite com agrado , mas a de Português... Infelizmente, necessitava de mais, visto ser a prova de ingresso que necessito.
Hoje sinto-me descontrolada. Preciso agora de estudar um pouco mais para Português, para Geografia e MACS.
Anseio as férias, o mais depressa possível.
Espero que tenham tido boas notas nos exames, boa sorte para quem vá à segunda fase.
Marina Brandão

Um conselho para todos...

Amanhã é o dia tão esperado... as notas vão ser afixadas e aí veremos o nosso futuro! No entanto, quero aqui deixar uma nota para todos.
Quando forem ver os resultados dirijam-se à secretaria e peçam para ver o exame, apenas terão de pagar o valor de cada fotocópia (pois é a fotocópia do exame que nos é fornecida). Comparem as vossas respostas com as dos critérios específicos de classificação e caso se apercebam de algum erro na correcção, peçam a algum professor para vos ajudar. Se for confirmada a anomalia recorram a uma reapreciação...

Devem estar a perguntar de onde me surge isto... é simples, isto deve-se à minha experiência com os exames do 11ºano! Eu, no ano passado, após ter pedido uma reapreciação e depois uma reclamação à reapreciação consegui subir cerca de dois valores! O meu exame tinha partes de exercícios por corrigir! Isto é inadmissível...até pode não parecer muito mas a verdade é que dois valores na prova de ingresso tem um peso bastante significativo...
O meu caso e o de outros alunos chegou a ser um tema tratado pela jornalista Bárbara Wong, ora vejam: http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/ha-cada-vez-mais-alunos-a-contestar-as-notas-dos-exames-nacionais-e-a-ter-razao_1397771

Desta forma fica aqui o meu conselho...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

À espera...

Olá a todos!

Espero que estes dias de férias estejam a correr bem a todos...
É verdade que estes dias são sempre vividos com alguma ansiedade e por vezes até nervosismo...no entanto, não tenho pensado muito nas notas(só um pouquinho :))... tenho tentado aproveitar estes dias para descansar pois nunca se sabe se a partir do dia 8 não tenho de voltar ao estudo, espero que não! Dei o meu melhor para a partir de agora ficar de férias...

Para quem estiver a estudar, bom estudo!
Para quem estiver de férias aproveitem e divirtam-se :)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Saramago na NM

Chama-se A última geração que estudou Saramago quando ainda era vivo o texto da jornalista Sónia Morais Santos (SMS), na revista Notícias Magazine, que sai com o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias aos sábados.
O trabalho da edição do passado dia 26 foi inspirado no texto da Luzia Cordeiro, escrito neste blogue.
Parabéns à Luzia que inspirou SMS a escrever sobre a sua geração!
Parabéns aos colegas de escola que Luzia reuniu para que a jornalista pudesse falar com jovens "fascinantes", como ela própria os apelida no seu blogue ; e que contrariam a ideia de que os alunos portugueses são analfabetos e não aprendem nada na escola.
Parabéns à professora daqueles alunos! A jornalista deveria ter identificado os estudantes, dizer de onde são (do litoral, do interior?), que escola frequentam (ensino público ou privado?), porque se o soubessemos (eu sei), saberiamos também que aqueles estudantes não representam o país.
Pena foi que SMS se tenha ainda esquecido de identificar correctamente o blogue Nota Final, podia dizer mais do que "(...) no blogue dos alunos inscritos nos exames nacionais de 2010", faltava só uma frasezinha "criado pelo PÚBLICO"...
BW

quinta-feira, 24 de junho de 2010

26/06/10 - Diário de Notícias

Olá a todos!
Queria dizer-vos que no próximo sábado vai sair com a revista do jornal Diário de Notícias uma entrevista a mim e a mais alguns alunos do 12.º ano. O tema é a morte de Saramago e a nossa experiência como último ano a estudar Memorial do Convento com o escritor em vida. Surgiu no seguimento do meu post sobre este assunto precisamente. Por isso, se estiverem interessados, já sabem! Espero que leiam e gostem.

Boas férias!
Luzia

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O veredicto

Estou finalmente de férias!
O exame de Geometria foi fácil! Mas é óbvio que o primeiro exercício não ficou famoso. De resto, espero um boa nota, e que não me desça a que já tenho -tenho boas expectativas.

Houve só duas coisas menos boas durante o exame:
#1 Tinha as mãos a tremer tanto, por causa dos nervos, que me devem descontar um pouco no rigor nas partes feitas à mão livre, devido a traços tremelicantes.
#2 TINHA FOME! A minha barriga passou a porcaria do tempo todo a fazer barulhos constrangedores e esfomeados. Meu deus!

E testei um conhecimento ancestral e milenar: dormir com os livros debaixo da almofada não é tão mal pensado quanto isso! É certo, acordei com uma tremenda dor de pescoço. Mas lembrei-me como se fazia o método dos cortes!, no último exercício, e ainda não sei como tal aconteceu. Eu sei, eu sei, possivelmente tinha-me ficado apenas na memória. Mas não vamos tirar crédito à sabedoria popular. Vamos?

Das fases mais agoniantes da vida...

A época de exames é das fases mais agoniantes da minha vida. Passei estes últimos três anos a esforçar-me para merecer as notas que tive. Trabalhei, participei, estudei, tive dificuldades como todos nós temos, mas acima de tudo consegui mostrar aquilo de que fui capaz.
Dia 16 chegou o temível exame de Português, aquele que eu necessitava e necessito para ingressar na universidade. Os alunos saem, no geral, satisfeitos e com um sorriso na cara, enquanto eu saio desfeita e triste com Camões. Um exame, 120 minutos de tensão e no fim uma classificação que muda em tudo a minha vida.
Anteontem fui fazer o exame de História A, esse sim correu bastante bem, mas infelizmente não preciso desta prova para ingresso. Fomos confrontados com a queda da República Portuguesa e com a guerra fria, assuntos do meu agrado.
Podia estar , neste momento, a descansar de alívio e a gozar as minhas férias. Mas agora ainda faltam dois exames para os quais vai custar-me imenso estudar: Matemática Aplicada às Ciências Sociais e Geografia A.
Todo o esforço de um aluno, nesta altura, acaba por ser posto em causa. Corre bem, óptimo, mas se corre mal tudo acaba por se estragar. Enfim...
Espero e desejo a todos as maiores felicidades nesta nova mudança de vida, universidade.
Marina Brandão

Estudo arrumado...

Olá a todos!

Ufa! Estudo arrumado...pelo menos até saírem as notas! Estou mesmo a precisar de umas férias...de descansar...de deixar de pensar em Fernando Pessoa, Camões, gramática...1ª República portuguesa, Totalitarismos, Comunismo, Estado Novo, 25 de Abril, Guerra Fria....enfim... preciso de "não pensar em nada"...

O exame de ontem era acessível (refiro-me a História)... um dos meus problemas foi a escassez do tempo, eu precisava de mais algum tempo para terminar como deve de ser o exame... comecei a fazer último item da última questão quando faltavam 5 minutos para terminar... mas para conseguir fazer tudo precisei de me despachar...
Senti que na questão 3 do primeiro grupo existia falta de objectividade pois lá pedia em relação ao que era elogiado pelo autor no texto...e não para abordar características que não eram referidas no texto...mas pronto, já passou... agora espero pela nota e logo se vê se tenho de ir ou não à 2ª fase...

Bem não maço mais... chegou a hora de me ir deitar...

Um abraço a todos...fiquem bem...

terça-feira, 22 de junho de 2010

P.S.:

Uma amiga minha mostrou-me este blogue ontem: http://thingsweforget.blogspot.com/
Não deixem de ver, está genial!
Pegando nele e retomando os "recados" do costume. Para quem:

A) Ainda está a estudar:












B) Já está de férias:

C) Estando ou não de férias, partilha um pouco do meu sentimento em relação à entrada na Universidade:

"And we build our house of cards and then we wait for it to fall...

...always forget how strange it is just to be alive at all." (Patrick Park - Life Is A Song - a música que me acompanhou na mudança do 9º para o 10º ano!)

Olá olá!

Acho que hoje, depois de ter dormido MIL horas, já me encontro disponível para falar um pouco sobre o exame de ontem... Matemática! (ou deverei escrever com letra minúscula?! Ahah, pronto, se calhar não.)

O que é que há a dizer em relação ao exame? Não foi, no geral, muito difícil. Mas, definitivamente, não se comparou aos dos últimos (pelo menos) 2 anos... Penso que quem fez ontem o exame e tinha resolvido as provas dos anos anteriores concorda comigo. A escolha múltipla era fácil e o resto, de um modo geral, também não era nenhum "bicho de 7 cabeças". No meio disto tudo, havia, sim, uma pergunta que considerei difícil - tanto que eu não a consegui acabar e praticamente não conheço quem tenha conseguido... Ok, era apenas uma pergunta. Mas não deixa de entristecer olhar para a última página e ver que aquilo valia 1,5 valores. Chega de Matemática!!! Há-de ser o que for.

Infelizmente, ainda não estou de férias: o ano passado "meti o pé na argola" a Biologia e Geologia e este ano, para ver se tento apagar isso, vou ter de ir à 2ª fase (é só mais um mês a estudar, o que é que tem?). Apesar de me ficar a faltar esta melhoria, posso considerar que o Secundário acabou. Comecei por escrever isto com um ponto de exclamação no final, mas depois reconsiderei e cheguei à conclusão que assim, "neutro", estava melhor. Andei a ver o blogue do ano passado (http://notafinal2009.blogspot.com/) e, a dada altura, vi um comentário de uma aluna com o qual me identifiquei tanto que decidi (espero que não haja problema!) copiá-lo para aqui: "Agora vem a parte pior, a candidatura. Basicamente, é o decidir a minha vida com 17 anos, sem juízo, e sem noção do que aí vem. Basicamente, é arriscar e fazer figas para que seja a escolha certa. Basicamente, é deixar para trás as pieguices e atirar-me de cabeça para ver se consigo depois sair. Basicamente, é tentar. E, basicamente, é esperar que passe de um 'tentar'.(...) Bolas, passei tanto tempo a esperar que a Universidade chegasse que agora parece que dava tudo por mais um tempinho de reflexão." - É assim mesmo que me sinto; prestes a entrar numa fase de mudança total que, por um lado, quero tanto, mas que, por outro, não sei se estarei à altura de enfrentar.

Mas, bem, até lá, ainda tenho 3 semanas de estudo pela frente... que não se adivinham NADA produtivas. Enfim, quem está na mesma situação que eu compreende, não é verdade? Quero tanto férias...

Boa sorte a todos os que ainda vão fazer exames e, para os sortudos que já estão de férias, APROVEITEM AO MÁXIMO!

Geometria dá-me cabo da cabeça.

mais aqui.
E está tudo dito. Estou saturada de Geometria. Não, a sério. Até os insectos gostam mais daquilo que eu!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Estado de Espírito...

Estou a poucas horas do meu 1º exame nacional, e a vontade de dormir é pouca, muito pouca... Devo admitir que estou muito mais nervoso do que pensei que ia estar! É de facto uma responsabilidade dificil de suportar,quer fisica, quer mentalmente. Foram muitas horas de estudo (demasiadas até) que apenas me permitiram alcançar um estado de espírito de insegurança e receio perante uma simples prova escrita. Independentemente do resultado, sei que a vida não acaba aqui, todavia também sei que se calhar já houve muitos sonhos que foram ceifados por duas temerosas horas onde a capacidade de sofrimento e a habilidade de renunciar a raciocíos indutivos aparentemente óbvios são colocados à prova. Neste momento acho que não há mais nada que possa ser dito...
Queria desejar bons exames a todos e boas-férias!
Fica aqui uma sugestão musical para quem neste momento se sentir como eu:
Mad Caddies- State of Mind