segunda-feira, 28 de junho de 2010

Saramago na NM

Chama-se A última geração que estudou Saramago quando ainda era vivo o texto da jornalista Sónia Morais Santos (SMS), na revista Notícias Magazine, que sai com o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias aos sábados.
O trabalho da edição do passado dia 26 foi inspirado no texto da Luzia Cordeiro, escrito neste blogue.
Parabéns à Luzia que inspirou SMS a escrever sobre a sua geração!
Parabéns aos colegas de escola que Luzia reuniu para que a jornalista pudesse falar com jovens "fascinantes", como ela própria os apelida no seu blogue ; e que contrariam a ideia de que os alunos portugueses são analfabetos e não aprendem nada na escola.
Parabéns à professora daqueles alunos! A jornalista deveria ter identificado os estudantes, dizer de onde são (do litoral, do interior?), que escola frequentam (ensino público ou privado?), porque se o soubessemos (eu sei), saberiamos também que aqueles estudantes não representam o país.
Pena foi que SMS se tenha ainda esquecido de identificar correctamente o blogue Nota Final, podia dizer mais do que "(...) no blogue dos alunos inscritos nos exames nacionais de 2010", faltava só uma frasezinha "criado pelo PÚBLICO"...
BW

quinta-feira, 24 de junho de 2010

26/06/10 - Diário de Notícias

Olá a todos!
Queria dizer-vos que no próximo sábado vai sair com a revista do jornal Diário de Notícias uma entrevista a mim e a mais alguns alunos do 12.º ano. O tema é a morte de Saramago e a nossa experiência como último ano a estudar Memorial do Convento com o escritor em vida. Surgiu no seguimento do meu post sobre este assunto precisamente. Por isso, se estiverem interessados, já sabem! Espero que leiam e gostem.

Boas férias!
Luzia

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O veredicto

Estou finalmente de férias!
O exame de Geometria foi fácil! Mas é óbvio que o primeiro exercício não ficou famoso. De resto, espero um boa nota, e que não me desça a que já tenho -tenho boas expectativas.

Houve só duas coisas menos boas durante o exame:
#1 Tinha as mãos a tremer tanto, por causa dos nervos, que me devem descontar um pouco no rigor nas partes feitas à mão livre, devido a traços tremelicantes.
#2 TINHA FOME! A minha barriga passou a porcaria do tempo todo a fazer barulhos constrangedores e esfomeados. Meu deus!

E testei um conhecimento ancestral e milenar: dormir com os livros debaixo da almofada não é tão mal pensado quanto isso! É certo, acordei com uma tremenda dor de pescoço. Mas lembrei-me como se fazia o método dos cortes!, no último exercício, e ainda não sei como tal aconteceu. Eu sei, eu sei, possivelmente tinha-me ficado apenas na memória. Mas não vamos tirar crédito à sabedoria popular. Vamos?

Das fases mais agoniantes da vida...

A época de exames é das fases mais agoniantes da minha vida. Passei estes últimos três anos a esforçar-me para merecer as notas que tive. Trabalhei, participei, estudei, tive dificuldades como todos nós temos, mas acima de tudo consegui mostrar aquilo de que fui capaz.
Dia 16 chegou o temível exame de Português, aquele que eu necessitava e necessito para ingressar na universidade. Os alunos saem, no geral, satisfeitos e com um sorriso na cara, enquanto eu saio desfeita e triste com Camões. Um exame, 120 minutos de tensão e no fim uma classificação que muda em tudo a minha vida.
Anteontem fui fazer o exame de História A, esse sim correu bastante bem, mas infelizmente não preciso desta prova para ingresso. Fomos confrontados com a queda da República Portuguesa e com a guerra fria, assuntos do meu agrado.
Podia estar , neste momento, a descansar de alívio e a gozar as minhas férias. Mas agora ainda faltam dois exames para os quais vai custar-me imenso estudar: Matemática Aplicada às Ciências Sociais e Geografia A.
Todo o esforço de um aluno, nesta altura, acaba por ser posto em causa. Corre bem, óptimo, mas se corre mal tudo acaba por se estragar. Enfim...
Espero e desejo a todos as maiores felicidades nesta nova mudança de vida, universidade.
Marina Brandão

Estudo arrumado...

Olá a todos!

Ufa! Estudo arrumado...pelo menos até saírem as notas! Estou mesmo a precisar de umas férias...de descansar...de deixar de pensar em Fernando Pessoa, Camões, gramática...1ª República portuguesa, Totalitarismos, Comunismo, Estado Novo, 25 de Abril, Guerra Fria....enfim... preciso de "não pensar em nada"...

O exame de ontem era acessível (refiro-me a História)... um dos meus problemas foi a escassez do tempo, eu precisava de mais algum tempo para terminar como deve de ser o exame... comecei a fazer último item da última questão quando faltavam 5 minutos para terminar... mas para conseguir fazer tudo precisei de me despachar...
Senti que na questão 3 do primeiro grupo existia falta de objectividade pois lá pedia em relação ao que era elogiado pelo autor no texto...e não para abordar características que não eram referidas no texto...mas pronto, já passou... agora espero pela nota e logo se vê se tenho de ir ou não à 2ª fase...

Bem não maço mais... chegou a hora de me ir deitar...

Um abraço a todos...fiquem bem...

terça-feira, 22 de junho de 2010

P.S.:

Uma amiga minha mostrou-me este blogue ontem: http://thingsweforget.blogspot.com/
Não deixem de ver, está genial!
Pegando nele e retomando os "recados" do costume. Para quem:

A) Ainda está a estudar:












B) Já está de férias:

C) Estando ou não de férias, partilha um pouco do meu sentimento em relação à entrada na Universidade:

"And we build our house of cards and then we wait for it to fall...

...always forget how strange it is just to be alive at all." (Patrick Park - Life Is A Song - a música que me acompanhou na mudança do 9º para o 10º ano!)

Olá olá!

Acho que hoje, depois de ter dormido MIL horas, já me encontro disponível para falar um pouco sobre o exame de ontem... Matemática! (ou deverei escrever com letra minúscula?! Ahah, pronto, se calhar não.)

O que é que há a dizer em relação ao exame? Não foi, no geral, muito difícil. Mas, definitivamente, não se comparou aos dos últimos (pelo menos) 2 anos... Penso que quem fez ontem o exame e tinha resolvido as provas dos anos anteriores concorda comigo. A escolha múltipla era fácil e o resto, de um modo geral, também não era nenhum "bicho de 7 cabeças". No meio disto tudo, havia, sim, uma pergunta que considerei difícil - tanto que eu não a consegui acabar e praticamente não conheço quem tenha conseguido... Ok, era apenas uma pergunta. Mas não deixa de entristecer olhar para a última página e ver que aquilo valia 1,5 valores. Chega de Matemática!!! Há-de ser o que for.

Infelizmente, ainda não estou de férias: o ano passado "meti o pé na argola" a Biologia e Geologia e este ano, para ver se tento apagar isso, vou ter de ir à 2ª fase (é só mais um mês a estudar, o que é que tem?). Apesar de me ficar a faltar esta melhoria, posso considerar que o Secundário acabou. Comecei por escrever isto com um ponto de exclamação no final, mas depois reconsiderei e cheguei à conclusão que assim, "neutro", estava melhor. Andei a ver o blogue do ano passado (http://notafinal2009.blogspot.com/) e, a dada altura, vi um comentário de uma aluna com o qual me identifiquei tanto que decidi (espero que não haja problema!) copiá-lo para aqui: "Agora vem a parte pior, a candidatura. Basicamente, é o decidir a minha vida com 17 anos, sem juízo, e sem noção do que aí vem. Basicamente, é arriscar e fazer figas para que seja a escolha certa. Basicamente, é deixar para trás as pieguices e atirar-me de cabeça para ver se consigo depois sair. Basicamente, é tentar. E, basicamente, é esperar que passe de um 'tentar'.(...) Bolas, passei tanto tempo a esperar que a Universidade chegasse que agora parece que dava tudo por mais um tempinho de reflexão." - É assim mesmo que me sinto; prestes a entrar numa fase de mudança total que, por um lado, quero tanto, mas que, por outro, não sei se estarei à altura de enfrentar.

Mas, bem, até lá, ainda tenho 3 semanas de estudo pela frente... que não se adivinham NADA produtivas. Enfim, quem está na mesma situação que eu compreende, não é verdade? Quero tanto férias...

Boa sorte a todos os que ainda vão fazer exames e, para os sortudos que já estão de férias, APROVEITEM AO MÁXIMO!

Geometria dá-me cabo da cabeça.

mais aqui.
E está tudo dito. Estou saturada de Geometria. Não, a sério. Até os insectos gostam mais daquilo que eu!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Estado de Espírito...

Estou a poucas horas do meu 1º exame nacional, e a vontade de dormir é pouca, muito pouca... Devo admitir que estou muito mais nervoso do que pensei que ia estar! É de facto uma responsabilidade dificil de suportar,quer fisica, quer mentalmente. Foram muitas horas de estudo (demasiadas até) que apenas me permitiram alcançar um estado de espírito de insegurança e receio perante uma simples prova escrita. Independentemente do resultado, sei que a vida não acaba aqui, todavia também sei que se calhar já houve muitos sonhos que foram ceifados por duas temerosas horas onde a capacidade de sofrimento e a habilidade de renunciar a raciocíos indutivos aparentemente óbvios são colocados à prova. Neste momento acho que não há mais nada que possa ser dito...
Queria desejar bons exames a todos e boas-férias!
Fica aqui uma sugestão musical para quem neste momento se sentir como eu:
Mad Caddies- State of Mind

Conde Andeiro

Exames de Francês e Literatura, feitos. Estaria de férias oficialmente não fosse o exame de Inglês, que vou fazer somente como prova de ingresso e na segunda fase, porque (não me perguntem porquê!) era à mesma hora que o de Francês. Mas como eu não estudo para Inglês, já estou livre de pressões.

Estudei o suficiente para Francês. O exame era fácil, sim... Mas como os exames de línguas costumam ter muita rasteira, demorei demasiado tempo a responder a cada pergunta... na folha de rascunho! O meu primeiro erro.. Nunca façam uma dessas. Perde-se tempo, noção de tempo e raciocínio. Ia com a mania que não queria nada muito riscado, mas antes tivesse sido assim.

Quando chego à composição, já só tinha meia hora e desenrasquei qualquer coisa apressadamente. Não me saiu nada de genial, mas saiu, é o que importa. O problema é que... sim, é verdade: foi tudo para a folha de rascunho. E ao passar a limpo, com esta mania perfeccionista das pessoas de línguas não quererem nenhum erro ortográfico por uma questão de pontos mas também orgulho, deixei, para as palavras que não tinha bem a certeza se se escreviam "assim", um espaço em branco. O plano era confirmar pelo dicionário se se escreviam como eu pensava, mas apenas no final. Quando chego ao "final" da composição, apercebo-me que não escrevi o número de palavras suficientes, e lá inventei umas tolices à pressão.

Quando toca, a professora passa por mim como quem diz "deixo-te escrever mais uma palavra ou duas"... E eu, feita estúpida, acabo a frase e entrego.
Pois é, é verdade... Só lá fora é que me apercebi dos espaços que deixei por preencher! Para mal dos males, vai-se à segunda fase e o exame de inglês fica para o ano...

Quanto ao exame de Literatura, foi muito acessível. Fernando Pessoa, o meu preferido. António Lobo Antunes, no segundo grupo e... Fernão Lopes no terceiro, para minha desgraça (pensava eu!).
É que foi precisamente a matéria em que eu não toquei. E mesmo no décimo ano, fiz uma leitura muito apressada para o teste. Lá me esforcei para me lembrar do homem e, felizmente, lá caíram ideias.
Dei por mim a elogiar o autor, a pátria, enfim, tudo aparentemente de lágrimas de emoção, tal era a importância que aquelas crónicas de repente passaram a ter para mim. É claro que me espalhei ao comprido quando disse que o D. João I matou o D. Filipe em vez do Conde Andeiro (embora tenha escrito à frente que não tinha bem a certeza disso). Bem, não me censurem, eu sabia que ele era espanhol! Mas safei-me bem, apesar disso, com o meu discurso patriótico e saudosista.

Quanto às notas, a ver vamos.

domingo, 20 de junho de 2010

Ending Of An Era

Depois daquela que foi uma das tardes de estudo mais intensas dos últimos dias, de um jantar apressado e de uma horinha de preguiça no sofá, dou por mim inquieta e insegura em relação ao exame de amanhã... A avaliar pelos intermédios que fizemos ao longo do ano este era o exame que me preocupava menos - até hoje. Tenho um mau pressentimento; não digo que seja válido, no entanto é desconcertante e há uma certa probabilidade de amanhã vir a atrair nervos desnecessários...
Ainda assim não posso deixar de sentir a antecipação de um certo alívio, uma calma que espero que me assole depois de sair da porta daquele ginásio, após três horas de raciocínio matemático. Quero descansar, aproveitar para sair de casa, pelo menos durante uns dias, antes de me concentrar na 2a Fase, num exame que tem mais importância para a minha ida para a faculdade do que eu gostaria que tivesse...
E agora é hora de ir descansar, que amanhã (felizmente!) o exame é cedinho. Sobra tempo para ouvir a música que escolhi para me tranquilizar hoje, que deixo aqui também, pode ser que em vocês tenha o mesmo efeito relaxante... Ending Of An Era, dos meus queridos Midnight Juggernauts.

Para todos, durmam muito (ainda que a hora já seja avançada...), amanhã mantenham a calma, pés assentes na terra, e muita sorte.

Homenagem e Estudo...

Quero começar por homenagear José Saramago, o nosso Nobel da literatura. Ficará perpetuamente na história... e foi com alguma tristeza e sensibilidade que soube deste desfecho pois durante vários dias estive a analisar pormenorizadamente (assim como todos os alunos de 12ºano) uma das suas grandes obras, Memorial do Convento, e aprendi muito sobre a sua forma de pensar e gostei, especialmente, da ironia com que ele trata alguns assuntos... estou curioso e entusiasmado para ler outra obra dele. Partiu o autor mas ficam-se as obras...
Agora é tempo de concentração máxima para compreender e esclarecer todos os temas relacionados com a História a partir do pós-primeira Guerra Mundial. É o que tenho tentado fazer nos últimos dias... tenho receio de chegar ao exame e não conseguir responder de forma objectiva ao que é perguntado... ou responder à questão de uma forma que não é a pretendida... enfim receios pré-exame...
A verdade é que anseio pelo dia de amanhã para poder deixar de lado, pelo menos por enquanto, o estudo...preciso de descanso!
Mas sem esforço nada se consegue...

Bom estudo e Boa sorte a todos os que amanhã têm exame(de história ou não)!

The Final Countdown

Os The Europe lançaram em 1987, uma das canções mais imortalizadas de sempre no panorama do Rock europeu dos gloriosos e musicais anos 80'. The Final Countdown é hoje, passados 23 anos a musica que faço questão de ouvir antes de momentos como aquele que irei ter de enfrentar amanhã por volta das 14:00 - O terrivel e asustador exame de história A... E a canção dos The Europe serve basicamente para levantar a autoestima e ganhar confiança, porque de facto a musica tem esse poder junto dos mais jovens. Vão ver que se ouvirem esta musica antes de entrar numa sala de aula para fazer um qualquer exame (seja de história ou não) a vossa motivação e a vossa vontade vai crescer, é quase uma verdade cientifica!

De qualquer maneira, tenho estudado muito durante estes ultimos dias, e acredito sempre que depois do trabalho vem a recompensa. Não peço muito, um 15 seria óptimo, a menos que a nota do exame de português demonstre ser um duro golpe nas minhas expectativas. Desejo boa sorte a todos os alunos, particularmente aos de humanidades, porque amanhã será um dia dificil para eles, tal como será para mim.



A contagem final já começou!

O Ano da Morte de José Saramago

Tal como todos os alunos do 12º ano é claro que eu não poderia ser a excepção à regra e, como tal, estudo afincadamente para o Exame de História que irei realizar na Segunda-Feira e que, espero eu, me corra bem. No entanto, ontem o meu dia (meu e de todos os portugueses) ficou marcado pela morte do escritor José Saramago. Sem dúvida de que não poderia ter ficado indiferente a esta notícia.Confesso que, antes de conhecer José Saramago, e para grande vergonha minha, eu fazia parte daquelas pessoas que dizem "não leio Saramago porque não sabe escrever". No entanto, só a partir do 9ºano é que comecei a dar verdadeiro valor a este escritor universal. A minha primeira experiência com Saramago remonta, portanto, ao ano de 2007 quando comecei a estudar em aula "O Conto da Ilha Desconhecida". Fiquei simplesmente maravilhado. A capacidade de efabulação de Saramago é algo que, a meu ver, ultrapassa qualquer escritor. Além disso, percebi o quão ingénuo, e ao mesmo tempo ignorante, eu era em relação à sua escrita mudando radicalmente de opinião. Afinal, já dizia o escritor, "todo o dito se destina a ser ouvido" e é por isso que Saramago se assumia não como um narrador "normal", mas sim como um narrador oral. Afinal, desde quando é que na oralidade há pontuação? Um escritor que começa um conto com "Um homem foi bater à porta do rei e disse-lhe, Dá-me um barco." só pode ser um escritor especial e, de facto, Saramago era-o. A simplicidade e ao mesmo tempo a forma directa como se dirigia aos leitores era sublime, e por isso é que a cada momento que estes entravam naquela história (que se assumia de cada um) nunca mais a conseguiam largar. Ontem Portugal ficou mais pequeno, muito mais pequeno. No entanto entristece-me ver uma população que nunca deu verdadeiro valor a este escritor. Hoje estava eu a "navegar" por aquela famosa rede social que todos nós conhecemos quando me deparo com esta frase: "Mais um comuna espanhol que se foi e que não faz cá falta nenhuma". Pergunto-me: como é que o povo português quer compreender realmente a figura e a escrita de Saramago quando faz comentários deste tipo? Pegando na História, cujos séculos estou a estudar, lembre-se a queda do Muro de Berlim em 1989. Sem dúvida que podemos fazer um paralelismo com a população portuguesa. De facto, a quantidade de "muros" que existem dentro das cabeças das pessoas impossibilitam a devida compreensão deste escritor. Simples declarações como "Não leio Saramago por ser Comunista" têm tanto de triste, como de deprimente. E digo-vos, eu não sou Comunista mas também não tenho o hábito de julgar as pessoas pela sua orientação partidária. Além de que hoje, ao ver as pessoas em fila à espera de ver Saramago em câmara ardente nos Paços do Concelho, senti um misto de alegria e desconfiança. Alegria porque José Saramago, não renegando o país como tantos pensavam que ele tinha renegado, quis ser queimado em Portugal e quis que as suas cinzas permanecessem no seu país, país esse onde ele tinha aprendido tudo o que lhe possibilitou a iniciação na escrita; desconfiança porque não sei até que ponto foram genuínas as manifestações que se fizeram em Portugal. Portugal que não deixou que a Exposição sobre a Vida e Obra de José Saramgo fosse realizada , tendo obrigado todos os seus admiradores a deslocarem-se a Madrid; Portugal que excluiu o "Evangelho segundo Jesus Cristo" da lista de candidatos ao Prémio Literário Europeu e Portugal que, acima de tudo, motivou a "fuga" de Saramago para Espanha.Porém, e em jeito de conclusão, hoje é dia de "esquecer as águas passadas". Celebremos, colectivamente, a vida e a obra daquele que foi o maior escritor português de finais do século XX/inícios do século XXI e, talvez, um dos maiores escritores e contador de histórias universais. Tal como diz o povo, os homens partem mas a obra fica. Obrigado José Saramago, boa viagem.

Afonso Brás

sábado, 19 de junho de 2010

Exame de História e José Saramago

Segunda-feira é o grande dia... O dia que pode (e deve) decidir o meu futuro, e aquilo que vou fazer a partir de Outubro deste ano, e se o curso de Direito é uma séria possibilidade, ou não.

Um exame de história nunca é fácil, mas vou dar o meu melhor, apesar da preparação estar a ser péssima porque para além de estarmos em pleno campeonato do mundo de futebol, o facto do jogo Portugal-Coreia do Norte decorrer durante parte da hora estipulada para se fazer o exame, está a dar comigo em doido! No entanto, (e a minha mãe vai gostar de saber isto) não faço intenções de ver nenhum jogo de futebol durante este fim-de-semana e de me deitar aos primeiros raios de sol, metendo na cabeça durante a noite inteira, o que foi a revolução russa, como foi a guerra fria, ou quais as consequências do 25 de Abril... Pois é meus amigos, agora é a doer...

Esta é a primeira vez que escrevo neste blogue, e com certeza que o faço com orgulho e sentido de responsabilidade, por isso queria expressar aqui a minha profunda tristeza pela morte de um ícone da literatura mundial, um dos símbolos do nosso pais, que fica irremediavelmente mais pobre pelo desaparecimento de José Saramago. No entanto não deixa para mim, de ser irónico o facto de nas ultimas semanas ter estudado Memorial do Convento de uma forma minuciosa que fez com que eu aprendesse a apreciar a obra de Saramago e a respeitar ainda mais o único vencedor de um prémio Nobel da Literatura em Portugal. Julgo que um descanso espiritual eterno no Panteão Nacional, seria mais que justo.

Abraços e boa sorte para todos!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago - 18/06/10

Hoje faleceu José Saramago. Finalmente um motivo suficientemente impulsionador para iniciar a minha participação neste blog! A notícia foi-me dada quando estava com o nariz enfiado no livro de matemática. Ao início não acreditei que um acontecimento histórico, a morte de um escritor que ganhou o prémio Nobel, estivesse realmente a acontecer. Já que para mim, não acontecia nada de interessante em termos sociais há muito tempo.
Desde logo, um pensamento me ocorreu:
- O nosso ano, dos que nasceram em 1992 e fizeram exame em 2010, foi o último a estudar o Memorial com o escritor em vida. Essa perspectiva encheu-me de um engraçado orgulho injustificado (porque não tenho razões para me orgulhar, foi um mero acaso). Mas não podia deixar de sentir uma certa honra. Pudemos discutir em tempo real as controvérsias do seu texto, e tudo o que significou para nós, como portugueses!

Hoje apenas interrompi o meu estudo e as minhas pausas para alimentação com a memória deste homem. Deliciei-me a ver na sic notícias a repetição do seu debate com um padre, que de momento não me recordo do nome, peço desculpa pelo lapso. O debate era sobre o livro Caim. E descobri uma coisa, para além de gostar de o ler, gosto de o ouvir. Gosto mesmo. É o timbre ou a forma como o vocabulário se conjuga numa frase perfeita, com significados intrínsecos disfarçados, que dá um gozo especial decifrar ou ter a ilusão de que se decifrou. Acho interessante como o tomam como um ressentido com a igreja, e com uma série de ódios recalcados aos portugueses. Eu digo: "- que tonteira!". Não concordo. Acho que um artista tem liberdade para expressar as suas convicções de forma literária sem ser tomado como "hater". Afinal, é bastante estimulante desvendar todos os significados da ironia e crítica da sua escrita, e com isso analisar e perceber a sua visão de uma sociedade utópica. Opiniões. Faz parte de uma sociedade democrática e civilizada respeitá-las.

Aparte das controvérsias, é importante referir a beleza do seu texto, a maneira como, não sendo de todo o seu objectivo ser belo, se torna belo. A maneira crua e realista como descreve as coisas pode não nos agradar, mas não deixa de nos cativar como algo interessante e digno de análise. De uma grande análise.

Qualquer homem que cria algo deve ser louvado, pelo simples facto de nos dar algo para analisar. E é uma honra para nós (gostava muito que sentissem isto como eu estou a sentir no dia da sua morte) termos sido os últimos a estudar uma das suas maiores obras com o artista em vida.

Obrigada pela sua arte, José Saramago.
(e por alegrar o meu dia de estudo com a sua memória)

Exames: Uma perspectiva nada isenta


Os estudantes do 11º e do 12º anos do Ensino Secundário enfrentam neste mês (e, para alguns, no próximo) uma frase crítica da sua vida: os Exames Nacionais. Mas o que são estes e como influenciam tanto a vida dos estudantes? Deveriam existir?

Em primeiro lugar, gostaria de afirmar a minha posição pró-exames; simplesmente, acredito que tem de haver um elemento de avaliação comum a todos os alunos do país e que permita, de certa forma, um acerto nas notas destes estudantes, para que a candidatura à faculdade seja um processo mais ‘justo’. Quanto ao peso das provas, sabe-se que contam 30% nas notas finais das disciplinas a que correspondem, podendo provocar descidas destas ou, em raros casos, subidas. No entanto, estes exames voltam a contar como prova de ingresso (PI) na nota de candidatura, havendo um novo corte (ou não) na média de secundário. O número de PIs e o seu peso relativo depende inteiramente das faculdades, mas este último não costuma ser inferior a 40% ou superior a 60%.

Qual é, então, a maior crítica a apontar aos Exames Nacionais? Que, num único momento de avaliação, procuram averiguar os conhecimentos que adquirimos ao longo de um ou dois anos. Muitos argumentam que estes testam mais o nosso raciocínio sob pressão do que a extensão desses tais conhecimentos.

Assim, qual seria a solução? Sinceramente, não sou detentor de uma revelação milagrosa que possa resolver esta situação que tanto preocupa os estudantes. Todavia, creio que, se o peso destes Exames não fosse tão elevado, o nervosismo que os acompanha seria menor, levando à realização de melhores provas.

Concluindo, odeio-vos muito, Exames. De vós depende o meu futuro académico e, consequentemente, profissional. Ámen.

The RP

PS – Esqueci-me de apresentar exemplos na composição do III Grupo do Exame de Português. Portanto, aqui vão eles: “(…) Exemplo disto é uma escapatória até ao Hawaii. (…) Uma viagem até à Índia representa na perfeição uma viagem com este objectivo (…)”.


PPS - Questão pertinente que já me foi feita: "Porque é que há jovens a sorrir no site do GAVE?". Façam o favor de, se conseguirem, me elucidarem quanto a isto. Obrigado.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Amor Combate

Hoje o cansaço tomou conta de mim. Depois de ontem ter declarado o dia como de descanso, hoje dei por mim sentada em frente aos livros de Matemática mas com a concentração muito longe... Depois daquilo que foi um período algo curto e pouco produtivo cheguei à conclusão que mais valia desistir e comprometer-me com um dia de estudo a sério para amanhã.
Entretanto tive a oportunidade de espreitar o exame de Biologia. Sinceramente, embora não tenha analisado aquilo a fundo, não me pareceu difícil. Ainda assim, o feedback que tive da única pessoa que fez o exame hoje com quem falei não foi muito positivo...
Independentemente do exame de hoje, sei que tomei a decisão certa ao decidir que iria fazer o exame de Biologia na segunda fase. Sempre me deixa mais à vontade para estudar, e o exame de Matemática que se aproxima é igualmente importante.
Agora espera-me o descanso, para amanhã acordar com as energias mais ou menos reestabelecidas.
P.S. - Amor Combate, dos Linda Martini, passou na rádio hoje enquanto estudava. Para mim a música é quase indispensável quando estudo, e esta em particular foi uma boa surpresa, é das minhas músicas portuguesas favoritas. Para quem gosta do estilo, vale a pena ouvir.
P.P.S. - Recebi da coordenadora do blog a sugestão - e, felizmente, as instruções de como o fazer - de deixar no meu post o vídeo da música que sugiro. Assim sendo, cá vai.

Ah, e vou também fazer o mesmo no post antigo e nos que eventualmente escreva no futuro.

Pós-modernismo Histórico do Artístico e pluralidades de resposta

Portanto, exame de História de Arte... Cheguei à sala, estava escuríssima, com as mesas dispostas em U. A minha mlheor amiga sentou-se ao meu lado e não parou de falar comigo durante toda a prova. O vigilante mandou calar vezes sem fim. A caneta deixou de escrever duas vezes, foram comprar-me uma nova, deixou de escrever também e acabei a fazer o exame com uma cor algo diferente, proveniente da caneta de outra pessoa. Como se não bastasse... Ainda não acredito que consegui cair da porcaria da cadeira!!
Brincadeirinha, isto foi o meu sonho da noite passada.
O exame correu estupendamente bem. A sério. Estupendamente é pouco. E ia super segura, porque era preciso ter uma grande nota abaixo de zero para ficar com 10 no final. Hooray!

Não quero massacrar ninguém com pormenores técnicos chatos acerca das perguntas, mas acabou por não sair a parte em que estava com mais dificuldade, o que é muito bom, acho, a meu ver, portanto.

Pfu, chega de exames. Pelo menos por agora. Daqui a uns dias, declaro ataque à Geometria, mas também vou com boa nota, portanto digamos que estou razoavelmente descansada.

Meu deus, que seca de post este que escrevi.
A sério, eu não costumo ser assim tão monótona.

Mas é que me dói a cabeça!

Magnífico Material Inútil

Acabei de saber através de colegas meus que o exame de Biologia da 1ª fase era de certa forma acessível... É óbvio que as opiniões divergem um tanto, mas a maioria das pessoas com quem falei afirmou estar à espera de um exame que impusesse maiores dificuldades. Achei também curioso o facto das pessoas que estudaram menos, depois reclamarem que o exame estava mal feito e que havia mais que uma hipótese correcta para algumas escolhas múltiplas. Não saberão elas que muitas vezes a dificuldade das provas está em 'decifrar' elementos que parecem idênticos e redundantes à partida? Enfim... Mesmo assim não me arrependo de ter deixado este exame para a 2ª fase pois preciso mesmo de uma boa nota. Por outro lado não é nada fácil 'marrar' 4 livros em pleno Julho, mas a balança pesa sempre para o lado da responsabilidade, e ainda bem...
Neste momento já estou em modo 'contagem decrescente' para o meu 1º exame pois apenas 4 dias me separam de 2 horas extremamente decisivas para o meu futuro. Tenho que estar concentrado, relaxado, motivado, preparado, atento... enfim, todas aquelas coisas que somos aconselhados a fazer mas que depois nunca parecem resultar connosco.

Boa sorte e bom estudo a todos...

De volta ao estudo...

Já estou de volta ao estudo...estou sinceramente preocupado com o que ainda me falta estudar para História... o tempo está muito escasso :S

Estive este tempo a pensar maioritariamente em Português e agora estou aflito para História...mais me valia ter estudado tudo superficialmente que tinha conseguido fazer on exame e aplicava-me mais em História, mas já não há nada a fazer...agora é "mãos há obra", tem de ser só estudar...

E é estudar que vou...Bom estudo a todos!

O rescaldo do primeiro...

Bem, foram alguns os nervos que antecederam o exame mas nada que eu não tenha controlado...a situação complicou-se quando abro o exame e me apercebo que estava perante estrofes(o que significava Os Lusíadas). No entanto, quando comecei a ler as estâncias acalmei, e percebi que não era "um bicho de sete cabeças" como pensara. Continuei a dar uma leitura superficial pelo exame e apercebi-me que a questão B era bastante acessível e o texto do Grupo II não era assim nada de complicado. Quanto à composição é que fiquei um pouco de pé atrás.
Resolvi a primeira, sem problemas, após pensar um pouco continuei para a segunda e eis-me chegado à terceira, não conseguia perceber o que estava a ser pedido(estupidez minha!). A 4 saiu-me facilmente e a B foi quase fluída...(apesar de me ter esquecido que colocar um pormenor, enfim!). O grupo seguinte fiz-lo, calmamente, mas bem. O meu problema foi no Grupo III, quando comecei a escrever tinha um fio condutor mas a meio distraí-me e perdi-o, o que fez com que tivesse que "remendar" a composição (mas não ficou mal de todo!).

De um ponto de vista geral, não considero o exame nada difícil, aliás penso que até me sinto frustrado por ter estudado tanta coisa que de nada me valeu, no entanto acho que podia ter feito uma melhor resolução...

Vamos esperar pela nota...ela irá alegrar ou desanimar...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Golden Touch

Depois de alguns dias de estudo (poucos, mas muito bem aproveitados), eis que chegou a hora do temível exame, código 639 - Prova de Português. Confesso que, já desde há bastante tempo, este era um exame que me assustava um bocadinho, não por ter dificuldades na disciplina mas por não se saber muito bem aquilo que nos pode aparecer pela frente... Por isso não temos outro remédio senão estudar tudo, se quisermos garantir que não somos apanhados desprevenidos em pleno exame.
Para mim isso foi um bocadinho difícil, sempre fui um bocadinho preguiçosa no que toca ao estudo. Mas surpreendentemente (e apesar de ter começado a estudar já um bocadinho tarde) consegui aproveitar muito bem todo o tempo que tinha para estudar tudo muito bem estudadinho. A minha gestão de tempo não é fantástica - até porque tinha decidido começar a estudar Matemática a semana passada e os livros ainda estão por aí algures, a descansar - mas apesar de tudo estou satisfeita com o que trabalhei.
O meu estudo terminou então, oficialmente, ontem antes do jantar. Ainda estive a preguiçar um bocadinho em frente à televisão antes de me ir deitar - mais tarde do que tinha planeado, diga-se, mas a vontade de dormir era pouca. Esta manhã acordei inúmeras vezes, muito antes do despertador; é sinal de ansiedade, mas a verdade é que, em momento algum do dia de hoje, me senti minimamente nervosa. Isso sim foi uma surpresa para mim - o ano passado, especialmente no exame de Química, estava uma pilha! -, surpresa essa sem dúvida agradável e que, penso eu, foi o que permitiu que o exame corresse tão bem.
Quando abri a folha do enunciado e me apercebi de que tinha Os Lusíadas à minha frente desanimei um pouquinho; mas assim que comecei a ler tornou-se evidente que era um excerto bastante simpático. Ainda assim, acho que a interpretação podia ter corrido um bocadinho melhor... A pergunta B foi, para mim, a mais simples de todo o exame, e também me pareceu que o Grupo II era muito acessível.
Pareceu-me que a maioria das pessoas não se entusiasmou muito - ou nada - com o tema da composição. Eu achei interessante, para dizer a verdade; escrevi com calma e gostei bastante do resultado final, tirando o facto de ter excedido ligeiramente o limite de palavras, como já era de esperar... Mas quando chego ao final da composição penso sempre no mesmo: será que vale a pena andar a riscar palavras para não exceder o limite? Sinto sempre que o texto já não soa tão bem, por isso acabo por deixar como está. Hoje ainda reduzi um bocadinho, mesmo assim não foi suficiente.
No fim do exame fui passear um bocadinho. Decidi tirar o resto do dia para descansar e só amanhã enterrar-me em números... Hoje vou dormir uma noite tranquila e amanhã volto à carga.
Já me esquecia! Antes que adormeçam - sei que me estou a alongar um bocadinho... - deixem-me só explicar-vos o título do post. Todos os dias acordo, como já escrevi, com o rádio e acontece-me muitas vezes ficar-me na cabeça durante o resto do dia uma música que oiço logo de manhã. Hoje foi essa, Golden Touch, dos Razorlight. Foi bom, porque é uma música de que gosto há muito tempo e que ajudou a manter-me serena durante o dia. Assim sendo, quando virem os títulos do meu post já sabem que deve ser a música que me perseguiu durante o dia, ou uma das que acompanhou o meu estudo...
Bom, agora sim, deixo-vos. Bom estudo a todos e boa sorte para o que vier aí.

Um já está!

Olá a todos!
Aqui me encontro, saída do exame de Português, a escrever o meu primeiro texto sem grandes preocupações "formais". As primeiras impressões após sair da sala? "Até era fácil!". Penso que todos os anos, em todos os cantos do país, se ouve isto à saída do exame mas, um mês depois, quando as notas chegam, as reacções não são tão boas. Os motivos? Ficávamos aqui a enumerá-los até amanhã de manhã. Penso que o mais importante já foi dito pela Inês, há cerca de duas horas. A enorme ambiguidade das opções de escolha múltipla e do quadro de correspondências são, a meu ver, grandes motivos para o insucesso dos estudantes. Mesmo assim, neste aspecto, este ano nem foi dos piores...! O que mais impressão me faz nestes exames é realmente os temas que nos apresentam para a escrita do último texto. Para além de nos darem sempre temas demasiado "vastos" (este ano tínhamos de escrever sobre a importância de viajar!), os critérios de correcção são aquilo a que vulgarmente se chama um "roubo"... Enfim! Para os colegas que ainda vão fazer exame desta disciplina, tenho um conselho; estudem um pouco de tudo pois, como já aqui foi dito, acaba por nunca sair o que se especula. No entanto, não percam demasiado tempo com estudos acerca da "parte teórica" - lembro que acerca disto só são pedidos os 3 valores correspondentes à escrita do "Texto B" -, treinem, sim, as escolhas múltiplas dos exames de todos os outros anos e a interpretação de textos, claro! Para todos os outros colegas que vão fazer exames às outras disciplinas, é preciso é ir com muita calma e concentração. No caso de algumas disciplinas - como acontece com Português - o 20 é praticamente impossível, mas vale sempre a pena lutar! :)

Circo de Aberrações

Pensa que Suger é um tipo de açúcar de baixo índice calórico?
Sempre julgou que Policleto fosse um tipo de piroclito?
Cézanne está na sua mente como marca de detergente?
Boudin e Jonkind parecem-lhe doces franceses?
Confunde Rottluff com um andamento de cavalo?

Então, História de Arte e a sua pessoas são uma só. Numa sala de exame perto de si, por volta das 14h de amanhã.

Um clássico imperdível!

(é verdade, já acabei de estudar!)

E não é que já começou?

(Bem, finalmente resolvi o enigma de como escrever no blog :b)


Hoje lá foi o exame de Português, 12º ano. As últimas revisões à matéria e as últimas vistas de olhos aos resumos foram feitas até mesmo antes de sair de casa para o exame.. Apesar de só ter ficado a saber que precisávamos de estar meia hora antes da hora do exame, quando lá cheguei (5 minutos antes da hora..) e isso me ter feito ficar um bocado nervosa, fui voltando ao meu estado inicial de calma.
Como é óbvio, nestes últimos dias, fizeram-se prognósticos entre nós alunos de quais as obras que iriam sair.. Uns, fazendo contas ao que tinha saído nestes últimos anos, apontavam para que saísse Alberto Caeiro, outros, "Mensagem".. Mas, como é óbvio, as nossas previsões falharam e saiu um excerto de "Os Lusiadas" e pediam um pequeno texto sobre um aspecto do "Memorial do Convento". Ambas as obras já tinham saído o ano passado e/ou há dois anos.. Portanto, caros alunos que vão fazer o exame no(s) próximo(s) ano, não vale a pena fazerem prognósticos, porque como diria o outro, prognósticos..só no final do exame! ;)

Quanto ao exame em si, não achei que fosse muito dificil, embora algumas escolhas múltiplas fossem um pouco ambíguas.
A minha maior dificuldade foi mesmo o tempo. Pensei que 2 horas iam ser mais do que suficientes para terminar o exame e que não precisaria de usar da meia hora de tolerância, mas a verdade é que só comecei a escrever a reflexão (Grupo III), quando tocou para o tempo de tolerância.. E claro, juntou-se o meu eterno problema do excesso de palavras.. Se bem que já ia consciencializada que me ia ter que auto-controlar na extensão do texto que ia escrever, (porque seria completamente desnecessário estar a perder pontos por ultrapassar o limite de palavras..) mas acontece-me sempre atingir o número limite de palavras e ainda tinha mais coisas para escrever.. [como me aconteceu agora com este post.. Não tinha grande coisa para dizer e olhem o tamanhão com que isto está..] E como entretanto , tocou pela última vez, nem tive tempo para reler o que tinha escrito como conclusão.. Enfim, vamos lá ver :)

Boa sorte a todos! :)

1.ª ou 2.ª fase?

Após mais uma de muitas manhãs de estudo decidi fazer uma pausa para almoçar e vir ao blogue para relatar os meus pensamentos e emoções a uma semana do meu exame de Física e Química A.
Estando no 11.º ano deveria realizar a minha 1.ª prova amanhã, de Biologia e Geologia, mas após uma breve ponderação considerei que era algo muito arriscado e vou assim à 2.ª fase… Mas como em tudo na vida, "não há bela sem senão…" e se por um lado tenho mais horas de estudo para me preparar, tenho também outras tantas para estar no meu quarto, a imaginar como seria fantástico estar na praia a divertir-me com os meus amigos, e enquanto eles ‘estudam’ a costa litoral de perto, eu estudo-a literalmente nos livros.
Mas também sei que nada se alcança sem trabalho e este é sem dúvida um sacrifício que (espero eu) vai valer a pena. Cabe-me igualmente a consolação de saber que se não me esforçar agora vou ter que o fazer daqui a uns anos, provavelmente a realizar um trabalho do qual não goste assim tanto.
Deixo aqui uma sugestão de leitura para os mais preguiçosos…
"Se não estudas estás tramado", o livro de autoria de Marçal Grilo, ex-ministro da Educação, que aborda a temática da educação em Portugal.
Bem, vou ter que voltar para o meu "laboratório" porque a Química chama por mim…
Manuel Dias (11ºano)

O Paradigma de Adães Bermudes

Afinal, a arte portuguesa atés aos 60's até é inspiradora, nem que seja para ajudar a passar o tempo. Aplicação prática de conhecimentos de história da arquitectura: criação de charadas.

P: O que se pode esperar de alguém chamado Adães Bermudes?
R: Traumas de infância.

P: Porquê que Adães Bermudes tem traumas de infância?
R: Porque gozavam com o seu nome na escola primária.

P: Em que área se distinguiu Adães Bermudes na sua vida adulta?
R: Na criação de projectos para escolas primárias!

Será isto o chamado pensamento circular??? Fica a dúvida.

O Sá-Carneiro está morto!

Cá estou eu, olá, olá, pronta a dissertar sobre os exames e como eles poderão afectar a minha vida normal!
Tenho o meu primeiro exame amanhã e, se História de Arte parece tão simples quanto decorar, a verdade é que tenho exactamente 2454 anos de arte para saber. Qual é a coisa de terem de estar sempre a inovar e a inventar correntes e técnicas? Enfim.
Lembro-me de entrar em pânico quando me lembrava que faltavam 16 semanas para este exame, e contava os dias e parecia-me que uma vida não chegava para rever a matéria de dois anos, que parvoíce, acho eu. Oh, e depois há aquele senhor da porta do supermercado que grita o Sá-Carneiro morreu! Disseram-me que ficou assim depois de um exame de Português, ou de História de Arte, já nem me lembro. Escusado será dizer que não dormi nessa noite. No entanto, a cerca de 26 horas da hora da verdade, estou absolutamente calma. Se calhar, não foi assim tão má ideia começar a estudar nas férias da Páscoa.

E isto de tentar conjugar o estudo com a vida social não está a correr tão mal como pensei. Ontem até saí de casa, após três dias sem sequer ir à parte da frente do jardim, e fui procurar emprego para o Verão. Inscrevi-me na geladaria, vejamos.

É impressão minha, ou estou a ouvir o último de seis volumes a chamar? Uhm, arte portuguesa até aos anos 60, inspirador sem dúvida.

Bem, vemo-nos por aí, beijinhos, abraços e muitos palhaços, e bom estudo, claro!

Eis chegado o dia...

Pronto! Eis chegado o dia....

Se me perguntarem: Estás preparado? Bem, a minha resposta será, certamente, "não sei". E não sei porque apesar de ter noção que estudei e que me empenhei parece que nada ficou registado, mas espero que seja só "nervos"...

Espero que o exame seja acessível e que o consiga fazer sem problemas! Fico a torcer para que tudo corra bem...

Boa Sorte para todos....

P.S: É com grande pena minha que me apercebo que nem todos se envolveram neste projecto, mas ainda vão a tempo... podíamos tornar este espaço, não só numa forma de relatarmos os nossos dias de estudo, mas também num local onde trocássemos experiências e debatêssemos temas... fico à espera!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Quando apenas falta um dia...

Bem hoje tudo tem de ficar revisto... confesso que ao me consciencializar de que falta apenas um dia os nervos aparecem, o que eu considero normal pois este exame é importante (quero utiliza-lo, numa segunda opção, como específica).
Decidi descansar um pouco mais, hoje, porque acho que o descanso é um factor importante para uma maior qualidade de concentração e de abertura para assimilar melhor...
Contudo chegou a hora de retomar o estudo...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

À porta dos exames

No início do ano e quando se começa a estudar parece que se tem muito tempo para tudo. Vai-se adiando umas coisas e outras e depois sem se dar por isso falta pouco mais de um dia para o exame.

Confesso que pertenço aquele famoso grupo de pessoas que deixa tudo para a última e depois no fim anda a correr a ler as últimas linhas para ter a certeza que nada escapa! Entre uma espreitadela num "joguinho" do Mundial e uns pequenos passeios para descansar dos livros o tempo acaba por não ser muito. Acredito que o mais importante é geri-lo de forma produtiva e eficaz! Hoje diziam nas notícias que o truque para o sucesso nos exames era seguir a regra dos três C’s: concentração, calma e confiança. Eu acrescentava um pouco de estudo e diria que a receita é perfeita!

Vou voltar agora para umas pequenas revisões. Bom estudo a todos!

Balanço do tempo de estudo!

Acabei o período exausto...entre trabalhos, testes e actividades de Área de Projecto passei dias a dormir muito pouco e a trabalhar a um ritmo super acelerado, contando todos os minutos... Isto também se deve a actividades extra, confesso!
Entretanto passaram 5 dias e, num ritmo mais calmo, estudo para os exames...
No entanto, falta apenas o resto do dia de hoje, o dia de amanhã e a manhã de Quarta-feira para o primeiro de dois exames.
Não tem sido fácil conciliar o estudo entre as duas disciplinas, Português e História. Quero esforçar-me para conseguir rever todos os pormenores da matéria que foi leccionada ao longo do ano e com este objectivo fiz um horário de estudo desde o dia que terminaram as aulas até ao dia 21 de Junho, dia do meu exame de História. O meu verdadeiro problema é que nos dias em que tinha o tempo reservado para História algo de imprevisto aconteceu. Considero muito pouco o que consegui estudar!
Quanto a Português penso que a situação está melhor! E ainda bem...As matérias estão todas revistas(apesar de amanhã ainda querer dar uma vista de olhos), o que me falta é fazer mais alguns exercícios de gramática....
Hoje tive aula de apoio e amanhã volto a ter...penso que estas ajudam na medida em que as questões levantadas por outros acabam sempre por nos suscitar outras dúvidas, o que é bom pois fica tudo esclarecido!
Chegou o tempo de continuar o meu estudo....

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Um blogue feito pelos alunos

Há um ano, por esta altura, o PÚBLICO inaugurava um blogue feito por alunos do secundário que iam fazer exames nacionais, o Nota Final 2009.
O objectivo era que partilhassem as suas experiências de vida, o estudo e os resultados. E assim aconteceu! Durante algumas semanas soubemos o que se passava com várias raparigas e rapazes que, entre as horas de estudo, tinham um tempinho para virem deixar uma mensagem!
O sucesso foi tal que além das reacções que outros alunos iam deixando no blogue, os autores foram convidados para participar num programa da Antena 1.
Este ano, queremos repetir!
O PÚBLICO convidou vários alunos do ensino secundário, de Norte a Sul do país, para partilharem a sua vida, o seu estudo, as suas expectativas e frustrações, os seus desejos e conquistas.
Este espaço é só deles, tal como lhes foi prometido, aqui não há censura e devem usá-lo como só eles sabem, de maneira consciente e responsável.
Bem-vindo ao Nota Final 2010!